29ª Bienal da Arte São Paulo

Biografias

- Daniela Gomes Simião    RGM 88459-6 - JO

• Ai Weiwei (1957) – Circle of Animals (bronze)

Nascido em Pequim, China. É um chinês artista, curadora, designer arquitetônico, comentador social e ativista..Foi o consultor artístico do Estádio Nacional de Pequim; arquiteto do projeto Stefan Marbach, CADG (arquiteto chefe Li Xinggang), e Ai Weiwei; focado na exposição de um alegado escândalo de corrupção na construção de escolas de Sichuan, que desabou durante o terremoto de Sichuan de 2008.

Sua obra ‘ Circle of Animals’ impressiona tanto pelo tamanho, quanto pela beleza e perfeição dos animais representados. Muitos deles transmitiam um olhar sombrio ou até mesmo misterioso.

Por representar os animais do horóscopo Chinês, causou curiosidade do publico, trazendo um grande interesse pela obra e seus significados culturais.

Curiosidade:

29ª BIENAL PRESTA SOLIDARIEDADE A AI WEIWEI

08/11/2010

A curadoria da 29ª Bienal de São Paulo vem a público prestar solidariedade a Ai Weiwei, artista participante da mostra, com a obra Circle of Animal, recentemente posto em prisão domiciliar pelo governo chinês. Sua prisão, denunciada pelo próprio artista via twitter, se deu um dia após a divulgação do banquete de 10.000 caranguejos que ele iria oferecer como celebração, simbólica e ritual, da destruição do seu ateliê recém-finalizado em Xangai, e buscou impedir a realização do evento.

10 mil é um número muito utilizado em slogans maoístas, e “caranguejo de rio” em chinês assemelha-se muito à “harmonia”, um dos conceitos mais utilizados pela propaganda do Partido Comunista Chinês.

A destruição do ateliê de 2 mil metros quadrados foi ordenada pelo governo chinês por ter sido supostamente feito em desacordo com a legislação da cidade. Ai Weiwei garante, contudo, que a construção do ateliê aconteceu após ser concedida a autorização.

Apesar de o anfitrião ter sido colocado em prisão domiciliar em Pequim para que não pudesse organizar o protesto, centenas de simpatizantes do artista e ativistas pró-direitos humanos reuniram-se em torno do estúdio para "celebrar" a demolição do mesmo.

Em declarações à imprensa, Ai Weiwei destacou que a grande presença de pessoas no protesto, muitos deles jovens, é um sinal de que as coisas no país estão mudando, e garantiu que não pensa em deixar a China, apesar das pressões sofridas nos últimos anos.

Como previsto, a detenção de Ai Weiwei se estendeu até esta segunda-feira. “De fato, a polícia saiu às 23h00 da minha casa", declarou o artista.

Fonte: http://www.29bienal.org.br/FBSP/pt/29Bienal/Canal29/Paginas/Noticia.aspx?not=135

•  Henrique Oliveira- Ourinhos - SP, 1973 ( A origem do 3º mundo)

Vive e trabalha em São Paulo, é graduado em Artes plásticas (bacharelado em pintura) e mestre em poéticas visuais. Participou de inúmeras exposições coletivas, e destaca-se principalmente por suas obras tridimensionais.

A Origem do 3º mundo é simplesmente genial. Sua estrutura nos remete a conhecer a fundo todos os ‘caminhos’ que temos, alem de dar a impressão de que estamos nascendo de novo, ao sair pela genitália feminina.

No inicio a curiosidade de encontrar os caminhos estava estampada no rosto de todos, porem, muitos se sentiram incomodados pelo espaço estreito.

• Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 26 de julho de 1937 — Rio de Janeiro, 22 de março de 1980)  - Seja Marginal, seja herói.

Foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente.

A obra ‘ Seja Marginal, seja heroi’ é muito construtiva, pois mostra às pessoas que nem sempre ser marginal é algo ruim, pois antigamente, os grandes revolucionários eram tidos como marginais. A imagem que mostra um homem morto representa a luta de quem queria fazer a diferença, e não se importava em ganhar um nome pejorativo. Tal quadro expressa a atitude que gostaríamos de ter, mas somos por vezes somos censurados.  

• Artur Barrio (Porto, 1945) 

É um artista plástico português que vive no Rio de Janeiro desde 1955.

Ingressou na Escola de Belas Artes em 1967 e foi um dos primeiros artistas a realizar gigantescas instalações com composições caóticas, onde misturava múltiplos elementos. Ele faz arte conceitual, cria performances, e valoriza a experiência e não a imagem ou o objeto.

Seus inúmeros quadros retratavam uma seqüência de ‘experiências’ feitas com um saco com materiais como sangue e ossos. Inicialmente me impressionei com as imagens por parecerem um corpo humano embrulhado, mas depois ao ler o detalhamento da obra percebi que estava enganada, e o que parecia ser sombrio, expressava a especialidade e a preferência por experimentação do artista. Pude constatar que as imagens podem, por vezes, parecer algo que não são realmente.

• Carlos Garaicoa – Havana, Cuba (1967)  -  Las Joyas de la Corona (Estádio do Chile)

Criava pequenas obras que ilustravam lugares feitos para mostrar poder, como Estádio do Chile, palco de torturas na ditadura daquele país.  Cada obra é uma jóia, assim como o governo vê esses prédios.

‘Las Joyas de la Corona’ me chamou a atenção pelo tamanho e perfeição dos detalhes de um estádio de futebol. Alem disso, conhecendo a historia do estádio, que foi utilizado como local para torturar prisioneiros políticos, pude constatar sua importância histórica.

Uma obra como esta é conhecida não só pela beleza, mas pelo momento intenso que representa .

29ª Bienal da Arte São Paulo – Impressão geral

Ao visitar a 29ª  BIENAL DA ARTE, pude contemplar belíssimas obras. A grande maioria delas causou grande impacto visual, seja pelo tamanho, cores, ou pelo tema abordado.

A política e a arte, ou a política da arte foi um dos assuntos que polemizou a exposição de artistas conhecidos, como GIL VICENTE, cujas obras retratavam o próprio artista assassinando pessoas conhecidas, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por serem muito polêmicos, foram os quadros que ganharam maior repercussão no BRASIL e no mundo, o que acabou chamando atenção de todos que a viam, inclusive a minha. Tais obras e muitas outras, nos mostraram que a política e a arte estão completamente ligadas, e podem interferir uma na outra.

Seja pela simplicidade de um vídeo, ou pela complexidade de uma estrutura de madeira, ficamos maravilhados com a capacidade de se produzir algo mesmo quando parece improvável, a ainda sim, conseguir impressionar o publico.

Sendo assim, a 29ª BIENAL mostrou com toda sutileza e criatividade como a arte pode abordar temas polêmicos sem perder a seriedade nem a beleza.

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