Hoje acordei atrasada, como sempre. Peguei o ônibus até o metrô, torcendo para que ele fosse bem rápido e não ficasse parando ... parando ... “ Estamos aguardando a movimentação do trem à frente”. Peguei o metrô sem saber o que me esperava.
Quando começou a parar na Estação Arthur Alvim já percebi que havia algo de errado, porém só tive certeza quando parou na Estação Patriarca.
Qual a causa desse transtorno? Uma blusa impediu o fechamento da porta de uma das composições da linha? Um usuário acionou o botão de emergência de um dos trens, causando a abertura das portas? Problemas técnicos? Um usuário caiu nos trilhos? Uma conspiração? Jogada política? Ataque terrorista? Cadê as respostas dessas perguntas?
Fiquei tanto tempo presa, desesperada pra sair daquele lugar. Já estava atrasada e quando menos esperava as portas se abriram. Estava perto da estação resolvi caminhar sobre a via até chegar à plataforma, tive a mesma ideia que a maioria das pessoas: pegar o ônibus PQ Dom Pedro I. Porém, nenhum deles parou. Todos estavam lotados, passando direto no ponto. Em meio ao desespero, resolvi voltar até Itaquera e pegar o trem sentido Luz. Demorei cerca de três horas para chegar até o Brás.
Tantas pessoas chorando, presas no metro, passando mal, quebrando vidros para conseguir sair... Nesse momento eu só me questionava onde estava a atuação dos políticos, que não se preocupam com o transporte publico no Brasil. A desordem e o sofrimento pararam São Paulo mais uma vez.
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